A criatividade tecnológica não tem limites. Em uma recente entrevista concedida ao site AllThingsD, Regina Dugan, ex-chefe da DARPA e atual líder da divisão de projetos especiais da Motorola, comentou sobre algumas invenções que estão sendo desenvolvidas pela companhia norte-americana em conjunto com engenheiros da Google. Um dos projetos chama a atenção pelo conceito bizarro: uma pílula digerível que transforma o corpo do usuário em seu token de autenticação.
O minúsculo equipamento – mostrado na imagem que abre esta notícia – conta com uma bateria alimentada pelo ácido presente no estômago humano e pode produzir um intenso sinal de 18 bits capaz de atuar como uma password. A engenhoca foi apelidada pela própria Dugan como “autenticação vitamínica” e já foi certificada como um “remédio” seguro pela FDA (Food and Drugs Administration, um órgão norte-americano que regulamenta alimentos e medicamentos).
Não satisfeita, Regina também exibiu um protótipo de senha em tatuagem no seu próprio braço, argumentando que não faria sentido criar um sistema de autenticação em vestimentas que podem facilmente ser roubadas. “Além disso, alguns jovens provavelmente não gostariam de usar um relógio, mas com certeza amariam fazer uma tatuagem dessas apenas para chatear seus pais”, brinca.
O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o instituto MC10, mas não há previsão para que ele comece a ser adotado de fato como um sistema seguro de autenticação.
Por mais seguro que seja qualquer tipo de software ou device, essa segurança sempre acaba tendo o seu ponto fraco. Este ponto fraco está justamente na necessidade de um código de acesso, uma senha.
Essa vulnerabilidade existe porque a senha, quase sempre, depende da falível memória humana e, sempre, da confiança e honestidade entre os homens. Além disso, qualquer senha pode, das maneiras mais simples às mais complexas, ser descoberta e copiada. Com isso, a dificuldade de se manter uma senha em sigilo durante muito tempo acaba, muitas vezes, resultando em diversos problemas na vida das pessoas.
O projeto da senha-comprimido apresenta uma maneira criativa e bastante inusitada de tentar solucionar o problema: permitir que a pessoa não mais precise decorar as suas senhas, mas seja elas. Vamos torcer para que dê certo e que não tenhamos mais que decorar tantas combinações de números e letras em nossas cabeças e nem nos preocupar tanto (quem sabe) com as nossas senhas de Facebook, smartphones e cartões de banco.*
* Análise crítica acrescentada pela Hub Network.
Fonte: tecmundo.com.br
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